O que será de esperar de um comic de mais um super-herói que povoa o já lotado universo da editora norte-americana DC Comics?
Confrontos com super-vilões? Salvar o mundo ou o universo da próxima mega-ameaça? Fazer o leitor reflectir sobre o poder das experiências de infância na vontade da pessoa? Reflectir sobre o poder da vontade?
Se escolheram as últimas hipóteses então aproveitem a sugestão para uma leitura diferente e que raramente se encontra na banda-desenhada e na literatura.
Hal Jordan, o melhor Green Lantern do grupo de Lanternas que patrulha o universo encontra-se numa terra estranha (Land of Odd), sem memória, armado com o seu anel e fato completo, incluindo a máscara. Esta é a premissa para uma aventura onde Hal Jordan vai recuperando aos poucos a memória enquanto procura (sem saber porque razão) por Mairwand, personagem que não chegamos a conhecer até perto do final do livro.
Para a leitura deste livro, não é necessário saber praticamente nada sobre a personagem. A experiência de ir descobrindo mais sobre o herói à medida que este se descobre a si torna a experiência do livro ainda mais interessante e enriquecedora.
Ao longo desta aventura, podemos ver que o que nos querem transmitir é mais do que uma aventura fantástica de um super-herói. É a procura pela vontade e pelas respostas que todos nós nos colocamos: quem somos e qual é o nosso propósito? existimos mesmo ou somos produto da imaginação de alguém ou algo? o universo é assim tão radicalmente diferente daquele que concebemos?
Para não estragar mais a surpresa aos potenciais leitores, digo apenas que o mundo desenhado saído em parte da imaginção de Fisher e em parte da de DeMatteis, conta com um imaginário repelecto de referências japonesas (samurais, uma "cidade fantasma" cheia de estranhos seres ao estilo de Spirited Away, etc.) onde a estória nos leva a reflectir sobre o que mais de básico há, a nossa ideia de ser.
Seth Fisher (falecido há poucos anos) tinha um desenho muito detalhado. Conseguia ter um traço limpo, atraente, semelhante ao de Moebius, sem saturar a prancha e ao mesmo tempo, enchê-la de detalhes fabulosos que tomam o seu tempo a serem apreciados em todas as vinhetas e pranchas. Estas, são de uma genialidade incrível. Fisher brinca e experimenta com as pranchas e vinhetas com um à vontade invejável a muitos autores onde o desenho não serve apenas para contar uma estória. Faz parte dela no seu todo e é completamente indissociável do mesmo. A leitura deste livro, só pelo desenho, vale todos os cêntimos. Sem este resultado da completa rédea solta que a imaginação do Fisher teve, este livro não seria mais do que uma aventura no treino de Hal Jordan, aquele que viria a tornar-se o maior Lanterna Verde de sempre.
PS-Uma sugestão para quem o ler: tal como nos livros do Wally, tentem procurar o Seth Fisher nas páginas do livro.
Confrontos com super-vilões? Salvar o mundo ou o universo da próxima mega-ameaça? Fazer o leitor reflectir sobre o poder das experiências de infância na vontade da pessoa? Reflectir sobre o poder da vontade?
Se escolheram as últimas hipóteses então aproveitem a sugestão para uma leitura diferente e que raramente se encontra na banda-desenhada e na literatura.
Hal Jordan, o melhor Green Lantern do grupo de Lanternas que patrulha o universo encontra-se numa terra estranha (Land of Odd), sem memória, armado com o seu anel e fato completo, incluindo a máscara. Esta é a premissa para uma aventura onde Hal Jordan vai recuperando aos poucos a memória enquanto procura (sem saber porque razão) por Mairwand, personagem que não chegamos a conhecer até perto do final do livro.
Para a leitura deste livro, não é necessário saber praticamente nada sobre a personagem. A experiência de ir descobrindo mais sobre o herói à medida que este se descobre a si torna a experiência do livro ainda mais interessante e enriquecedora.
Ao longo desta aventura, podemos ver que o que nos querem transmitir é mais do que uma aventura fantástica de um super-herói. É a procura pela vontade e pelas respostas que todos nós nos colocamos: quem somos e qual é o nosso propósito? existimos mesmo ou somos produto da imaginação de alguém ou algo? o universo é assim tão radicalmente diferente daquele que concebemos?
Para não estragar mais a surpresa aos potenciais leitores, digo apenas que o mundo desenhado saído em parte da imaginção de Fisher e em parte da de DeMatteis, conta com um imaginário repelecto de referências japonesas (samurais, uma "cidade fantasma" cheia de estranhos seres ao estilo de Spirited Away, etc.) onde a estória nos leva a reflectir sobre o que mais de básico há, a nossa ideia de ser.
Seth Fisher (falecido há poucos anos) tinha um desenho muito detalhado. Conseguia ter um traço limpo, atraente, semelhante ao de Moebius, sem saturar a prancha e ao mesmo tempo, enchê-la de detalhes fabulosos que tomam o seu tempo a serem apreciados em todas as vinhetas e pranchas. Estas, são de uma genialidade incrível. Fisher brinca e experimenta com as pranchas e vinhetas com um à vontade invejável a muitos autores onde o desenho não serve apenas para contar uma estória. Faz parte dela no seu todo e é completamente indissociável do mesmo. A leitura deste livro, só pelo desenho, vale todos os cêntimos. Sem este resultado da completa rédea solta que a imaginação do Fisher teve, este livro não seria mais do que uma aventura no treino de Hal Jordan, aquele que viria a tornar-se o maior Lanterna Verde de sempre.
PS-Uma sugestão para quem o ler: tal como nos livros do Wally, tentem procurar o Seth Fisher nas páginas do livro.
1 comment:
Infelizmente nunca li nada do Seth Fisher :x Certamente comprarei este se o encontrar numa loja perto de mim.
Abraço, keep it up
Post a Comment