Os sites de autores que vou metendo no Caleidoscópio Artístico são de artistas que numa ou outra ocasião conheci pessoalmente. Fiquem a conhecer mais um pouco sobre estes autores:
valter hugo mãe - Não estando propriamente ligado a BD (e não pretendo que este blog seja somente relacionado com isso), é um autor que eu aprecio não tivesse ele sido meu professor de escrita criativa. Vencedor do prémio Saramago 2007, é uma pessoa 5 estrelas, muito acessível e um verdadeiro artista. Escreve romances, poemas, letras de músicas, pinta, desenha e foi editor em duas editoras (Quasi e objecto cardíaco, esta não sei se ainda existe. Não tenho visto novidades desta editora). O nome dele não é por acaso que está em minúscula. Ele simplesmente não usa maiúsculas quando escreve e detesta que lhe escrevam o nome sem estar em letra minúscula. Tem um estilo de escrita pesado e para um leitor inexperiente ou com menos "rodagem" pode parecer muito confuso e aborrecido. O valter que me perdoe mas eu também me vi um bocadinho à rasca ao ler o nosso reino há uns anos atrás (não quer dizer que a qualidade dele me passou ao lado) mas já está nos lugares cimeiros da minha lista de releituras.
David Soares - Como autor de BD nacional, sigo David Soares com alguma atenção. São poucos a fazer BD em Portugal e essa tarefa é facilitada pelos baixos números de pessoas. Escreve muito bem, tanto no blog dele como nas obras. Já tive oportunidade de estar com ele no Festival Internacional de BD da Amadora (FIBDA) 2007 para me assinar o Ossos do Arco-Íris (dos poucos bons livros de horror de autores nacionais) e ainda numa ida dele à Centralcomics (Cidade-Túmulo e SobreBD, o único ensaio sobre BD de um autor nacional que conheço). Apesar do visual "da pesada" é sujeito bem simpático e cordial. Tenho ainda para ler dele A Conspiração dos Antepassados (1ª edição esgotou num mês. Para um autor relativamente desconhecido é muito bom).
João Mascarenhas (O Menino Triste)-Indissociável da sua personagem, conheci-o ainda na antiga versão do portal Centralcomics. Ele vinha a Braga para uma reunião e queria conhecer uma livraria que eu costumo falar (100ª Página) para terem os livros dele à venda e para ver se era possível realizar lá algum evento ligado a banda desenhada. As visitas tornaram-se à livraria tornaram-se frequentes até se realizar um workshop e uma apresentação. A apresentação era sobre banda desenhada feita e computador e tudo o que ela envolve (programas para ilustração, animações híbridas de vídeo e banda desenhada) e o workshop mostrava aos participantes como fazer uma BD sem ser preciso desenhar, usando um simples programa de animação e manipular os elementos da imagem formando assim as vinhetas. A partir daí encontramo-nos sempre que possível quando ele vem a Braga e quando eu vou ao festival da Amadora.
Tentarei fazer uma crítica aos livros do Menino Triste quando sair o terceiro e eu os tiver lido de rajada.
Seth Fisher-Festival Internacional de BD da Amadora 2004. Foi convidado da BDMania, se não estou enganado, nessa edição do festival. Foi a minha primeira ida lá e não conhecia nada sobre festivais e muito menos sobre o autor. Comprei só para os autógrafos e foi uma pessoa muito interessante de se conhecer. Não se importou de interromper um workshop que estava a dar para me fazer um desenhito bem engraçado do Green Lantern no livro que ele desenhou e que fiz uma crítica antes.
Morreu há poucos anos infelizmente, muito estupidamente a saltar entre dois prédios sem qualquer tipo de equipamento, "modalidade" em que era amador e praticada no Japão, país onde residia com a mulher japonesa. Vivia a vida sempre ao máximo até que ela o apanhou. RIP Seth.
Rui Ricardo - Deixei este autor para último porque estive a ver se me recordava quando é que o conheci e até agora não me ocorre nada. Já foi há alguns anos que comecei a "desenterrar" a obra dele, alguns títulos bem dificeis de encontrar, em algumas livrarias. Na minha opinião tem um traço fabuloso que conjuga o que há de melhor no estilo de desenho nos mangas com o desenrolar de estórias das BDs europeias. Ultimamente tem perdido o traço característico que me atraía nas BDs dele mas isso pode ser pelo facto das ilustrações e BDs que ele tem feito ultimamente estarem coloridas. A preto-e-branco o traço dele só fica a ganhar mas como BD não dá dinheiro, temos que nos contentar com as ilustrações que ele faz para tudo o que é publicação. Algumas já devem ter passado pela mão (e vista) de muita gente e nem se devem ter apercebido.
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