Sem querer fazer publicidade à marca de relógios suíços, ficam aqui duas fotos de uma recente edição limitada (existe uma edição "normal" mais barata) de um relógio do Corto Maltese por altura da comemoração dos 40 anos da personagem: http://www.swatch.com/cortomaltese
A edição limitada é limitada (obviamente) a 11.111 exemplares. Trás uma bússola e um mapa que deixo aos fãs da obra para descobrirem.
Eu prefiro o relógio a cores apesar de, originalmente, a obra-prima do Hugo Pratt ter saído a preto-e-branco mas a "embalagem" da edição limitada é simplesmente linda.
Fica aqui prometido como uma das muitas resoluções para 2007, reler o Corto Maltese e O Desejo de ser Inútil, livro fenomenal para os apreciadores de uma bela biografia/entrevista e para os fãs de Corto em particular.
Bom ano para todos!
30 December 2007
28 December 2007
Aforismos desregulados (II) ou...
... Como-eu-não-consigo-arranjar-um-nome-de-
jeito-para-uma-coisa-que-até-me-parece-ser-gira
- a partir de Carlos Drummond de Andrade .
jeito-para-uma-coisa-que-até-me-parece-ser-gira
"O amante dinamita a ponte e manda o amor passar."
27 December 2007
22 December 2007
Caleidoscópio Artístico
Os sites de autores que vou metendo no Caleidoscópio Artístico são de artistas que numa ou outra ocasião conheci pessoalmente. Fiquem a conhecer mais um pouco sobre estes autores:
valter hugo mãe - Não estando propriamente ligado a BD (e não pretendo que este blog seja somente relacionado com isso), é um autor que eu aprecio não tivesse ele sido meu professor de escrita criativa. Vencedor do prémio Saramago 2007, é uma pessoa 5 estrelas, muito acessível e um verdadeiro artista. Escreve romances, poemas, letras de músicas, pinta, desenha e foi editor em duas editoras (Quasi e objecto cardíaco, esta não sei se ainda existe. Não tenho visto novidades desta editora). O nome dele não é por acaso que está em minúscula. Ele simplesmente não usa maiúsculas quando escreve e detesta que lhe escrevam o nome sem estar em letra minúscula. Tem um estilo de escrita pesado e para um leitor inexperiente ou com menos "rodagem" pode parecer muito confuso e aborrecido. O valter que me perdoe mas eu também me vi um bocadinho à rasca ao ler o nosso reino há uns anos atrás (não quer dizer que a qualidade dele me passou ao lado) mas já está nos lugares cimeiros da minha lista de releituras.
David Soares - Como autor de BD nacional, sigo David Soares com alguma atenção. São poucos a fazer BD em Portugal e essa tarefa é facilitada pelos baixos números de pessoas. Escreve muito bem, tanto no blog dele como nas obras. Já tive oportunidade de estar com ele no Festival Internacional de BD da Amadora (FIBDA) 2007 para me assinar o Ossos do Arco-Íris (dos poucos bons livros de horror de autores nacionais) e ainda numa ida dele à Centralcomics (Cidade-Túmulo e SobreBD, o único ensaio sobre BD de um autor nacional que conheço). Apesar do visual "da pesada" é sujeito bem simpático e cordial. Tenho ainda para ler dele A Conspiração dos Antepassados (1ª edição esgotou num mês. Para um autor relativamente desconhecido é muito bom).
João Mascarenhas (O Menino Triste)-Indissociável da sua personagem, conheci-o ainda na antiga versão do portal Centralcomics. Ele vinha a Braga para uma reunião e queria conhecer uma livraria que eu costumo falar (100ª Página) para terem os livros dele à venda e para ver se era possível realizar lá algum evento ligado a banda desenhada. As visitas tornaram-se à livraria tornaram-se frequentes até se realizar um workshop e uma apresentação. A apresentação era sobre banda desenhada feita e computador e tudo o que ela envolve (programas para ilustração, animações híbridas de vídeo e banda desenhada) e o workshop mostrava aos participantes como fazer uma BD sem ser preciso desenhar, usando um simples programa de animação e manipular os elementos da imagem formando assim as vinhetas. A partir daí encontramo-nos sempre que possível quando ele vem a Braga e quando eu vou ao festival da Amadora.
Tentarei fazer uma crítica aos livros do Menino Triste quando sair o terceiro e eu os tiver lido de rajada.
Seth Fisher-Festival Internacional de BD da Amadora 2004. Foi convidado da BDMania, se não estou enganado, nessa edição do festival. Foi a minha primeira ida lá e não conhecia nada sobre festivais e muito menos sobre o autor. Comprei só para os autógrafos e foi uma pessoa muito interessante de se conhecer. Não se importou de interromper um workshop que estava a dar para me fazer um desenhito bem engraçado do Green Lantern no livro que ele desenhou e que fiz uma crítica antes.
Morreu há poucos anos infelizmente, muito estupidamente a saltar entre dois prédios sem qualquer tipo de equipamento, "modalidade" em que era amador e praticada no Japão, país onde residia com a mulher japonesa. Vivia a vida sempre ao máximo até que ela o apanhou. RIP Seth.
Rui Ricardo - Deixei este autor para último porque estive a ver se me recordava quando é que o conheci e até agora não me ocorre nada. Já foi há alguns anos que comecei a "desenterrar" a obra dele, alguns títulos bem dificeis de encontrar, em algumas livrarias. Na minha opinião tem um traço fabuloso que conjuga o que há de melhor no estilo de desenho nos mangas com o desenrolar de estórias das BDs europeias. Ultimamente tem perdido o traço característico que me atraía nas BDs dele mas isso pode ser pelo facto das ilustrações e BDs que ele tem feito ultimamente estarem coloridas. A preto-e-branco o traço dele só fica a ganhar mas como BD não dá dinheiro, temos que nos contentar com as ilustrações que ele faz para tudo o que é publicação. Algumas já devem ter passado pela mão (e vista) de muita gente e nem se devem ter apercebido.
valter hugo mãe - Não estando propriamente ligado a BD (e não pretendo que este blog seja somente relacionado com isso), é um autor que eu aprecio não tivesse ele sido meu professor de escrita criativa. Vencedor do prémio Saramago 2007, é uma pessoa 5 estrelas, muito acessível e um verdadeiro artista. Escreve romances, poemas, letras de músicas, pinta, desenha e foi editor em duas editoras (Quasi e objecto cardíaco, esta não sei se ainda existe. Não tenho visto novidades desta editora). O nome dele não é por acaso que está em minúscula. Ele simplesmente não usa maiúsculas quando escreve e detesta que lhe escrevam o nome sem estar em letra minúscula. Tem um estilo de escrita pesado e para um leitor inexperiente ou com menos "rodagem" pode parecer muito confuso e aborrecido. O valter que me perdoe mas eu também me vi um bocadinho à rasca ao ler o nosso reino há uns anos atrás (não quer dizer que a qualidade dele me passou ao lado) mas já está nos lugares cimeiros da minha lista de releituras.
David Soares - Como autor de BD nacional, sigo David Soares com alguma atenção. São poucos a fazer BD em Portugal e essa tarefa é facilitada pelos baixos números de pessoas. Escreve muito bem, tanto no blog dele como nas obras. Já tive oportunidade de estar com ele no Festival Internacional de BD da Amadora (FIBDA) 2007 para me assinar o Ossos do Arco-Íris (dos poucos bons livros de horror de autores nacionais) e ainda numa ida dele à Centralcomics (Cidade-Túmulo e SobreBD, o único ensaio sobre BD de um autor nacional que conheço). Apesar do visual "da pesada" é sujeito bem simpático e cordial. Tenho ainda para ler dele A Conspiração dos Antepassados (1ª edição esgotou num mês. Para um autor relativamente desconhecido é muito bom).
João Mascarenhas (O Menino Triste)-Indissociável da sua personagem, conheci-o ainda na antiga versão do portal Centralcomics. Ele vinha a Braga para uma reunião e queria conhecer uma livraria que eu costumo falar (100ª Página) para terem os livros dele à venda e para ver se era possível realizar lá algum evento ligado a banda desenhada. As visitas tornaram-se à livraria tornaram-se frequentes até se realizar um workshop e uma apresentação. A apresentação era sobre banda desenhada feita e computador e tudo o que ela envolve (programas para ilustração, animações híbridas de vídeo e banda desenhada) e o workshop mostrava aos participantes como fazer uma BD sem ser preciso desenhar, usando um simples programa de animação e manipular os elementos da imagem formando assim as vinhetas. A partir daí encontramo-nos sempre que possível quando ele vem a Braga e quando eu vou ao festival da Amadora.
Tentarei fazer uma crítica aos livros do Menino Triste quando sair o terceiro e eu os tiver lido de rajada.
Seth Fisher-Festival Internacional de BD da Amadora 2004. Foi convidado da BDMania, se não estou enganado, nessa edição do festival. Foi a minha primeira ida lá e não conhecia nada sobre festivais e muito menos sobre o autor. Comprei só para os autógrafos e foi uma pessoa muito interessante de se conhecer. Não se importou de interromper um workshop que estava a dar para me fazer um desenhito bem engraçado do Green Lantern no livro que ele desenhou e que fiz uma crítica antes.
Morreu há poucos anos infelizmente, muito estupidamente a saltar entre dois prédios sem qualquer tipo de equipamento, "modalidade" em que era amador e praticada no Japão, país onde residia com a mulher japonesa. Vivia a vida sempre ao máximo até que ela o apanhou. RIP Seth.
Rui Ricardo - Deixei este autor para último porque estive a ver se me recordava quando é que o conheci e até agora não me ocorre nada. Já foi há alguns anos que comecei a "desenterrar" a obra dele, alguns títulos bem dificeis de encontrar, em algumas livrarias. Na minha opinião tem um traço fabuloso que conjuga o que há de melhor no estilo de desenho nos mangas com o desenrolar de estórias das BDs europeias. Ultimamente tem perdido o traço característico que me atraía nas BDs dele mas isso pode ser pelo facto das ilustrações e BDs que ele tem feito ultimamente estarem coloridas. A preto-e-branco o traço dele só fica a ganhar mas como BD não dá dinheiro, temos que nos contentar com as ilustrações que ele faz para tudo o que é publicação. Algumas já devem ter passado pela mão (e vista) de muita gente e nem se devem ter apercebido.
21 December 2007
In Brightest Day, In Blackest Night
O que será de esperar de um comic de mais um super-herói que povoa o já lotado universo da editora norte-americana DC Comics?
Confrontos com super-vilões? Salvar o mundo ou o universo da próxima mega-ameaça? Fazer o leitor reflectir sobre o poder das experiências de infância na vontade da pessoa? Reflectir sobre o poder da vontade?
Se escolheram as últimas hipóteses então aproveitem a sugestão para uma leitura diferente e que raramente se encontra na banda-desenhada e na literatura.
Hal Jordan, o melhor Green Lantern do grupo de Lanternas que patrulha o universo encontra-se numa terra estranha (Land of Odd), sem memória, armado com o seu anel e fato completo, incluindo a máscara. Esta é a premissa para uma aventura onde Hal Jordan vai recuperando aos poucos a memória enquanto procura (sem saber porque razão) por Mairwand, personagem que não chegamos a conhecer até perto do final do livro.
Para a leitura deste livro, não é necessário saber praticamente nada sobre a personagem. A experiência de ir descobrindo mais sobre o herói à medida que este se descobre a si torna a experiência do livro ainda mais interessante e enriquecedora.
Ao longo desta aventura, podemos ver que o que nos querem transmitir é mais do que uma aventura fantástica de um super-herói. É a procura pela vontade e pelas respostas que todos nós nos colocamos: quem somos e qual é o nosso propósito? existimos mesmo ou somos produto da imaginação de alguém ou algo? o universo é assim tão radicalmente diferente daquele que concebemos?
Para não estragar mais a surpresa aos potenciais leitores, digo apenas que o mundo desenhado saído em parte da imaginção de Fisher e em parte da de DeMatteis, conta com um imaginário repelecto de referências japonesas (samurais, uma "cidade fantasma" cheia de estranhos seres ao estilo de Spirited Away, etc.) onde a estória nos leva a reflectir sobre o que mais de básico há, a nossa ideia de ser.
Seth Fisher (falecido há poucos anos) tinha um desenho muito detalhado. Conseguia ter um traço limpo, atraente, semelhante ao de Moebius, sem saturar a prancha e ao mesmo tempo, enchê-la de detalhes fabulosos que tomam o seu tempo a serem apreciados em todas as vinhetas e pranchas. Estas, são de uma genialidade incrível. Fisher brinca e experimenta com as pranchas e vinhetas com um à vontade invejável a muitos autores onde o desenho não serve apenas para contar uma estória. Faz parte dela no seu todo e é completamente indissociável do mesmo. A leitura deste livro, só pelo desenho, vale todos os cêntimos. Sem este resultado da completa rédea solta que a imaginação do Fisher teve, este livro não seria mais do que uma aventura no treino de Hal Jordan, aquele que viria a tornar-se o maior Lanterna Verde de sempre.
PS-Uma sugestão para quem o ler: tal como nos livros do Wally, tentem procurar o Seth Fisher nas páginas do livro.
Confrontos com super-vilões? Salvar o mundo ou o universo da próxima mega-ameaça? Fazer o leitor reflectir sobre o poder das experiências de infância na vontade da pessoa? Reflectir sobre o poder da vontade?
Se escolheram as últimas hipóteses então aproveitem a sugestão para uma leitura diferente e que raramente se encontra na banda-desenhada e na literatura.
Hal Jordan, o melhor Green Lantern do grupo de Lanternas que patrulha o universo encontra-se numa terra estranha (Land of Odd), sem memória, armado com o seu anel e fato completo, incluindo a máscara. Esta é a premissa para uma aventura onde Hal Jordan vai recuperando aos poucos a memória enquanto procura (sem saber porque razão) por Mairwand, personagem que não chegamos a conhecer até perto do final do livro.
Para a leitura deste livro, não é necessário saber praticamente nada sobre a personagem. A experiência de ir descobrindo mais sobre o herói à medida que este se descobre a si torna a experiência do livro ainda mais interessante e enriquecedora.
Ao longo desta aventura, podemos ver que o que nos querem transmitir é mais do que uma aventura fantástica de um super-herói. É a procura pela vontade e pelas respostas que todos nós nos colocamos: quem somos e qual é o nosso propósito? existimos mesmo ou somos produto da imaginação de alguém ou algo? o universo é assim tão radicalmente diferente daquele que concebemos?
Para não estragar mais a surpresa aos potenciais leitores, digo apenas que o mundo desenhado saído em parte da imaginção de Fisher e em parte da de DeMatteis, conta com um imaginário repelecto de referências japonesas (samurais, uma "cidade fantasma" cheia de estranhos seres ao estilo de Spirited Away, etc.) onde a estória nos leva a reflectir sobre o que mais de básico há, a nossa ideia de ser.
Seth Fisher (falecido há poucos anos) tinha um desenho muito detalhado. Conseguia ter um traço limpo, atraente, semelhante ao de Moebius, sem saturar a prancha e ao mesmo tempo, enchê-la de detalhes fabulosos que tomam o seu tempo a serem apreciados em todas as vinhetas e pranchas. Estas, são de uma genialidade incrível. Fisher brinca e experimenta com as pranchas e vinhetas com um à vontade invejável a muitos autores onde o desenho não serve apenas para contar uma estória. Faz parte dela no seu todo e é completamente indissociável do mesmo. A leitura deste livro, só pelo desenho, vale todos os cêntimos. Sem este resultado da completa rédea solta que a imaginação do Fisher teve, este livro não seria mais do que uma aventura no treino de Hal Jordan, aquele que viria a tornar-se o maior Lanterna Verde de sempre.
PS-Uma sugestão para quem o ler: tal como nos livros do Wally, tentem procurar o Seth Fisher nas páginas do livro.
19 December 2007
E do nada surgiu...
"NO princípio, Deus criou os céus e a terra..." E depois apareceram os blogs. E quando a febre dos blogs acalmou, anos depois eu crio um só para provar que sou muito resistente a modas.
Não tenho muito jeito para este tipo de introduções. Esta é a minha 2ª tentativa (espero que seja a última) e com ela pretendo iniciar este espaço que, espero, visitem regularmente.
O nome surgiu-me numa aula de Análise de Custos II, no final do dia, entre a vigília e sono (muito) que estava nessa altura.
É uma experiência que recomendo a toda a gente. Estejam atentos aos caminhos tortuosos e fascinantes que a nossa mente percorre quando lhe damos rédea solta. Naqueles momentos em que estamos quase a adormecer, naqueles momentos em que sonhamos acordados, em que estamos daydreaming e, aos olhos de outros, estamos "distraídos". Ideias surgem e desaparecem como fogo de artifício, rápido e sem deixar rasto.
No Caleidoscópio Artístico (um nome que não sei se se manterá), blogs e sites de autores que eu acho que valem a pena serem conhecidos e conhecê-los. Tirando um ou outro, já os conheci pessoalmente em alguma ocasião.
No outro Caleidoscópio (tenho que arranjar outro nome), sites que visito frequentemente ou então a que estou ligado.
Posto isto, espero que continuem a visitar e contribuam para o blog.
Não tenho muito jeito para este tipo de introduções. Esta é a minha 2ª tentativa (espero que seja a última) e com ela pretendo iniciar este espaço que, espero, visitem regularmente.
O nome surgiu-me numa aula de Análise de Custos II, no final do dia, entre a vigília e sono (muito) que estava nessa altura.
É uma experiência que recomendo a toda a gente. Estejam atentos aos caminhos tortuosos e fascinantes que a nossa mente percorre quando lhe damos rédea solta. Naqueles momentos em que estamos quase a adormecer, naqueles momentos em que sonhamos acordados, em que estamos daydreaming e, aos olhos de outros, estamos "distraídos". Ideias surgem e desaparecem como fogo de artifício, rápido e sem deixar rasto.
No Caleidoscópio Artístico (um nome que não sei se se manterá), blogs e sites de autores que eu acho que valem a pena serem conhecidos e conhecê-los. Tirando um ou outro, já os conheci pessoalmente em alguma ocasião.
No outro Caleidoscópio (tenho que arranjar outro nome), sites que visito frequentemente ou então a que estou ligado.
Posto isto, espero que continuem a visitar e contribuam para o blog.
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