29 January 2008
27 January 2008
16 January 2008
12 January 2008
Brevemente
Um brinde a Bolonha que me deixa sem tempo para nada!
Ainda assim, no meio do estudo, consegui uma entrevista ao David Soares que, brevemente, estará disponível na Centralcomics e depois aqui.
A entrevista devia ter sido mais virada para a BD mas o facto do David estar mais virado para romances e contos ultimamente, impediu um pouco isso.
Não deixa de ser uma boa leitura (tanto o recente romance como a entrevista).
Ainda assim, no meio do estudo, consegui uma entrevista ao David Soares que, brevemente, estará disponível na Centralcomics e depois aqui.
A entrevista devia ter sido mais virada para a BD mas o facto do David estar mais virado para romances e contos ultimamente, impediu um pouco isso.
Não deixa de ser uma boa leitura (tanto o recente romance como a entrevista).
04 January 2008
Diário de Bordo I - FIBDA 2007, A Maioridade?
Há uns meses atrás quando vínhamos do Festival Internacional de BD da Amadora, prometi ao Hugo Jesus uma crítica ao festival para a Centralcomics.
Festival Internacional de BD da Amadora
Fim-de-semana: 27 e 28 Novembro
Na inauguração desta nova crónica, Diário de Bordo, o festival visado é o FIBDA no fim-de-semana de 27 e 28 de Novembro.
Já lá vão 4 anos de visitas ao FIBDA (se não descontar 2006 onde não tive tempo de ver o piso inferior de exposições) e, como sempre, assiste-se ao mesmo espírito de partilha de poucos por um gosto que a poucos parece atrair. Infelizmente continua-se a ver as mesmas caras neste evento com poucas caras novas a surgir mas, pelo que vi, este ano o festival teve uma maior afluência do público.
EXPOSIÇÕES
Da minha experiência das últimas 4 edições, a apresentação das exposições têm vindo a aumentar de qualidade muito significativamente.
No piso 0 ou piso superior encontravam-se logo à entrada os originais do concurso deste ano, a exposição de “Salazar, Agora na hora da sua morte”, “Os nossos lápis têm 100 anos”, exposição da Viacor, fabricante de material para desenho, patrocinador do festival, e “As 10 BDs do Século XX”, exposição de 2004 com pequenas salas, cada uma dedicada a uma BD e repleta de diversos objectos e edições dessa BD.
A exposição de “Salazar, Agora na hora da sua morte” estava muito bem conseguida ao nível de ambiente. A exposição consistia num corredor a lembrar o ambiente das páginas do livro e um qualquer corredor de espera dos tempos cinzentos de Salazar.
Além da oposição dos rascunhos de Miguel Rocha com o trabalho final do livro, na exposição existia um armário com fotos, recortes e pautas da altura, duas filas de cadeiras de aspecto antigo de costas voltadas e ainda um banco muito parecido com o que é apresentado no livro que marcou a queda do ditador.
Os visitantes podiam seguir para o piso inferior no final da visita a este piso. Este ano conseguiu-se de forma eficaz resolver o problema de fazer com que as pessoas visitassem o piso inferior. Enquanto que em 2006 o piso -1 poderia passar despercebida à grande maioria dos visitantes do festival (a entrada encontrava-se fora do recinto da exposição, no acesso ao parque de estacionamento e não existia nada a assinalar as exposições), este ano o problema foi resolvido com a inserção da entrada no corpo da exposição.
No piso -1, logo à chegada encontrava-se as muito bem conjugadas zona de convívio, zona de autógrafos e área comercial (que mais abaixo são analisadas) e o grosso das exposições.
De um modo geral a exposições estavam muito bem conseguidas.
O meu destaque este ano vai a exposição de Alain Corbel onde as pranchas estavam expostas numa sala a imitar uma praia, com o chão de areia e rochas com os livros do autor e outros objectos.
Ainda assim a exposição “O caso italiano” também, apesar de estar escondida (era para maiores de 18) e poder passar despercebida, a nível de ambiente também esteve muito bem a lembrar salas de convívio para adultos onde não faltou o varão e os sofás circulares. Só faltavam meninas de carne e osso para completar a atmosfera. Pode ser que para o ano tenham já que o festival é, agora, maior de idade.
AUTÓGRAFOS E ÁREA COMERCIAL
Este ano, na minha opinião, a conjugação da área comercial com a zona de convívio e autógrafos foi a melhor. Finalmente chegou-se à conclusão que não é possível dissociar os autores presentes das bancas. Os piores exemplos disso foram os festivais realizados na estação de metro: em 2004 a zona de autógrafos parecia ter sido improvisada na hora e numa zona longe das bancas; em 2005 a zona comercial estava escondida do resto do festival que chegou ao cúmulo de vários visitantes se queixarem de não existirem bancas.
Este ano a zona de convívio e autógrafos era um grande corredor com as bancas de cada lado, a zona de convívio entre as bancas e ao fundo a zona de autógrafos, a certas alturas demasiado pequena para tanta gente nas filas como foi o caso do Manara.
ORGANIZAÇÃO
A organização este ano apostou numa boa apresentação do festival a todos os visitantes e profissionais e não poderia ser outra coisa com 18 anos de experiência. Conseguiu-se resolver o problema do calor tropical das outras edições
No que toca a terem inserido o auditório dentro do festival para a entrega dos prémios (em 2006 era fornecido um autocarro que levava os visitantes de e para o auditório) dando a hipótese dos visitantes poderem assistir à entrega sem o incómodo de se deslocarem para o centro da Amadora, a organização esteve muito bem.
O ponto negativo vai para a má gestão das filas para o Manara. Se por um lado estava demasiada gente para os autógrafos, por outro poderiam arranjar uma solução para aqueles que não chegavam a tempo de fechar a fila. Muitos não conseguiram autógrafo nos 2 dias em que o autor esteve presente por causa do facto da fila fechar cedo demais. Valeu-me a ajuda de gente conhecida que estava na fila mas outros não tiveram a mesma sorte.
Ainda subsiste um problema que penso que muito dificilmente será resolvido e prende-se com o facto de anunciarem os convidados muito tardiamente. Autores como Francisco Caretta, Warren Craghead, Xisto Valência, Roberto Goiriz entre outros são anunciados demasiado tarde para as lojas encomendarem livros dos autores para os autógrafos. O problema agrava-se quando os autores são norte-americanos pois as encomendas da Previews (catálogo de pedidos de material bedéfilo) têm que ser feitas com cerca de 2 meses de antecedência. Este ano, e no fim-de-semana que estive presente, este problema nem se impôs muito pois os autores traziam material com eles, muitos deles para venda.
Outro ponto que tenho debatido muitas vezes é o facto dos autores “cabeças de cartaz” serem espalhados pelos fins-de-semana do festival. Este ano, e na minha opinião, os autores mais apelativos eram Milo Manara, Cameron Stewart e Lewis Trondheim que foram precisamente espalhados pelos 3 fins-de-semana que durou o festival. Isto, aliado ao anúncio tardio dos autores presentes, impossibilita os fãs que não sejam de Lisboa e arredores de estarem com os autores todos que gostariam. O problema resolvia-se com menos fins-de-semana para concentrar mais os autores mas por outro lado o número de autores presentes teria que diminuir pois uma ou duas tardes podem não ser tempo suficiente para estar com esses autores todos e esperar nas filas (muitas delas bem demoradas como as do Manara).
Festival Internacional de BD da Amadora
Fim-de-semana: 27 e 28 Novembro
Na inauguração desta nova crónica, Diário de Bordo, o festival visado é o FIBDA no fim-de-semana de 27 e 28 de Novembro.
Já lá vão 4 anos de visitas ao FIBDA (se não descontar 2006 onde não tive tempo de ver o piso inferior de exposições) e, como sempre, assiste-se ao mesmo espírito de partilha de poucos por um gosto que a poucos parece atrair. Infelizmente continua-se a ver as mesmas caras neste evento com poucas caras novas a surgir mas, pelo que vi, este ano o festival teve uma maior afluência do público.
EXPOSIÇÕES
Da minha experiência das últimas 4 edições, a apresentação das exposições têm vindo a aumentar de qualidade muito significativamente.
No piso 0 ou piso superior encontravam-se logo à entrada os originais do concurso deste ano, a exposição de “Salazar, Agora na hora da sua morte”, “Os nossos lápis têm 100 anos”, exposição da Viacor, fabricante de material para desenho, patrocinador do festival, e “As 10 BDs do Século XX”, exposição de 2004 com pequenas salas, cada uma dedicada a uma BD e repleta de diversos objectos e edições dessa BD.
A exposição de “Salazar, Agora na hora da sua morte” estava muito bem conseguida ao nível de ambiente. A exposição consistia num corredor a lembrar o ambiente das páginas do livro e um qualquer corredor de espera dos tempos cinzentos de Salazar.
Além da oposição dos rascunhos de Miguel Rocha com o trabalho final do livro, na exposição existia um armário com fotos, recortes e pautas da altura, duas filas de cadeiras de aspecto antigo de costas voltadas e ainda um banco muito parecido com o que é apresentado no livro que marcou a queda do ditador.
Os visitantes podiam seguir para o piso inferior no final da visita a este piso. Este ano conseguiu-se de forma eficaz resolver o problema de fazer com que as pessoas visitassem o piso inferior. Enquanto que em 2006 o piso -1 poderia passar despercebida à grande maioria dos visitantes do festival (a entrada encontrava-se fora do recinto da exposição, no acesso ao parque de estacionamento e não existia nada a assinalar as exposições), este ano o problema foi resolvido com a inserção da entrada no corpo da exposição.
No piso -1, logo à chegada encontrava-se as muito bem conjugadas zona de convívio, zona de autógrafos e área comercial (que mais abaixo são analisadas) e o grosso das exposições.
De um modo geral a exposições estavam muito bem conseguidas.
O meu destaque este ano vai a exposição de Alain Corbel onde as pranchas estavam expostas numa sala a imitar uma praia, com o chão de areia e rochas com os livros do autor e outros objectos.
Ainda assim a exposição “O caso italiano” também, apesar de estar escondida (era para maiores de 18) e poder passar despercebida, a nível de ambiente também esteve muito bem a lembrar salas de convívio para adultos onde não faltou o varão e os sofás circulares. Só faltavam meninas de carne e osso para completar a atmosfera. Pode ser que para o ano tenham já que o festival é, agora, maior de idade.
AUTÓGRAFOS E ÁREA COMERCIAL
Este ano, na minha opinião, a conjugação da área comercial com a zona de convívio e autógrafos foi a melhor. Finalmente chegou-se à conclusão que não é possível dissociar os autores presentes das bancas. Os piores exemplos disso foram os festivais realizados na estação de metro: em 2004 a zona de autógrafos parecia ter sido improvisada na hora e numa zona longe das bancas; em 2005 a zona comercial estava escondida do resto do festival que chegou ao cúmulo de vários visitantes se queixarem de não existirem bancas.
Este ano a zona de convívio e autógrafos era um grande corredor com as bancas de cada lado, a zona de convívio entre as bancas e ao fundo a zona de autógrafos, a certas alturas demasiado pequena para tanta gente nas filas como foi o caso do Manara.
ORGANIZAÇÃO
A organização este ano apostou numa boa apresentação do festival a todos os visitantes e profissionais e não poderia ser outra coisa com 18 anos de experiência. Conseguiu-se resolver o problema do calor tropical das outras edições
No que toca a terem inserido o auditório dentro do festival para a entrega dos prémios (em 2006 era fornecido um autocarro que levava os visitantes de e para o auditório) dando a hipótese dos visitantes poderem assistir à entrega sem o incómodo de se deslocarem para o centro da Amadora, a organização esteve muito bem.
O ponto negativo vai para a má gestão das filas para o Manara. Se por um lado estava demasiada gente para os autógrafos, por outro poderiam arranjar uma solução para aqueles que não chegavam a tempo de fechar a fila. Muitos não conseguiram autógrafo nos 2 dias em que o autor esteve presente por causa do facto da fila fechar cedo demais. Valeu-me a ajuda de gente conhecida que estava na fila mas outros não tiveram a mesma sorte.
Ainda subsiste um problema que penso que muito dificilmente será resolvido e prende-se com o facto de anunciarem os convidados muito tardiamente. Autores como Francisco Caretta, Warren Craghead, Xisto Valência, Roberto Goiriz entre outros são anunciados demasiado tarde para as lojas encomendarem livros dos autores para os autógrafos. O problema agrava-se quando os autores são norte-americanos pois as encomendas da Previews (catálogo de pedidos de material bedéfilo) têm que ser feitas com cerca de 2 meses de antecedência. Este ano, e no fim-de-semana que estive presente, este problema nem se impôs muito pois os autores traziam material com eles, muitos deles para venda.
Outro ponto que tenho debatido muitas vezes é o facto dos autores “cabeças de cartaz” serem espalhados pelos fins-de-semana do festival. Este ano, e na minha opinião, os autores mais apelativos eram Milo Manara, Cameron Stewart e Lewis Trondheim que foram precisamente espalhados pelos 3 fins-de-semana que durou o festival. Isto, aliado ao anúncio tardio dos autores presentes, impossibilita os fãs que não sejam de Lisboa e arredores de estarem com os autores todos que gostariam. O problema resolvia-se com menos fins-de-semana para concentrar mais os autores mas por outro lado o número de autores presentes teria que diminuir pois uma ou duas tardes podem não ser tempo suficiente para estar com esses autores todos e esperar nas filas (muitas delas bem demoradas como as do Manara).
02 January 2008
2007
Não gosto muito de fazer balanços de anos passados (especialmente quando tive grandes falhas de memória como neste último) mas pelo que consegui recordar, ficam aqui duas imagens que resumem muito do que para mim foi este ano:
Pisar um palco e fazer teatro profissional.
Então quando esse palco é o do Theatro do Circo e se tem a excelente companhia do pessoal da Companhia de Teatro de Braga, a experiência não podia ser melhor.
Todas as novidades da minha biblioteca pessoal que acrescentei este ano (e que me consigo lembrar claro). Há muitos comics que se calhar não estão aí mas também não têm muito interesse pois não se conseguem ver as capas e títulos.
Todos aquelas pessoas que me aturaram o ano todo e que não é preciso numerar, elas sabem quem são.
Um bom 2008 para todos
Pisar um palco e fazer teatro profissional.
Então quando esse palco é o do Theatro do Circo e se tem a excelente companhia do pessoal da Companhia de Teatro de Braga, a experiência não podia ser melhor.
Todas as novidades da minha biblioteca pessoal que acrescentei este ano (e que me consigo lembrar claro). Há muitos comics que se calhar não estão aí mas também não têm muito interesse pois não se conseguem ver as capas e títulos.
Todos aquelas pessoas que me aturaram o ano todo e que não é preciso numerar, elas sabem quem são.
Um bom 2008 para todos
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