20 March 2008

The best in what he does

Wolverine #51 - #61
Logan Dies

Argumento: Marc Guggenheim
Desenho: Howard Chaykin
Capas: Arthur Suydam
Editora: Marvel Comics

Marc Guggenheim regressa ao título que o catapultou para o estrelato dentro da Marvel.
Saltando a saga Evolution escrita pelo Jeph Loeb, eu e o Guggenheim continuamos, como se nada fosse, a seguir os acontecimentos que envolvem o Wolverine pouco tempo após a Civil War.
Esta estória serve para dar uma resposta a uma dúvida que assola os fãs deste personagem há muito tempo: "Porque razão é que, por mais que tentem, ninguém consegue matar o Wolverine?" E muito já foi feito nesse sentido. Quem leu o tie-in com Civil War sabe que o que se passou lá era impossível mesmo para um mutante com um factor de cura que anula tudo.

Ao longo desta saga de 5 números vamos alternando entre duas alturas. Quase 100 anos atrás, num estranho flashback (muito ao estilo da série Lost), vemos Logan a combater na 1ª Grande Guerra adoptando um estilo de combate muito parecido com aquele que conhecemos. No presente, temos o Dr. Strange a tentar trazer à vida o mais amado de todos os mutantes.
"Mas com um factor de cura, como é que o Wolverine morreu?" perguntam vocês.
Arrancando esta saga logo após os acontecimentos do #48, temos um Wolverine a fazer aquilo que sabe fazer melhor cilindrando uma organização terrorista. Pensando que estava a salvar Tony Stark de um atentado, Logan cai numa grande armadilha onde matam a sua recente amada Amir (que conheceu no tie-in com Civil War), forçam-no a engolir um explosivo que o rebenta de dentro para fora e ainda fazem explodir o falso Helicarrier onde ele estava.

Apesar de ter sobrevivido aos ferimentos e estar de boa saúde graças ao factor de cura, a verdade é que Logan encontra-se clinicamente morto. O seu corpo vive mas o seu cérebro não responde.
Seis semanas passam e o Dr. Strange finalmente consegue estabelecer contacto com a alma do "falecido" dando-lhe toda a informação que necessita sobre a sua situação e como voltar ao seu corpo.

Claro que o mutante mais famoso da Marvel nunca iria morrer. Voltando do limbo decide perseguir os responsáveis pela sua morte e a partir daí grandes revelações vão-se amontoando.

Não quero adiantar mais para não perderem a piada de ler esta saga mas digo apenas que o que vimos na mini-série Origin, tem repercussões nesta saga. Nada é deixado ao acaso ao explicarem as origens deste personagem e todos os momentos importantes da vida do Wolverine que podemos ver em Origin, no Eu Wolverine! de Frank Miller, saga Enemy of the State, tie-in com Civil War, o tempo que ele passou na Weapon X e na Tropa Alfa no Canadá ou ainda quando Magneto lhe retirou o Adamantium do corpo têm o seu peso.

O desenho de Howard Chaykin não é nada de mais. Há quem goste, há quem não goste. Da minha parte acho que não é nada de mais mas cumpre muito bem o seu papel e é muito agradável. A maioria das cenas de acção conseguem ler-se ao ritmo de um manga.

As capas do Arthur Suydam continuam um mimo.

O argumento do Marc Guggenheim está bom, responde a muitas dúvidas que ultimamente assolavam os fãs e segue a um bom ritmo cheio de acção, condensando vários acontecimentos ao longo da vida do Logan que têm agora um novo ponto de vista. "Ressuscita" uma personagem completamente esquecida, dá a sua homenagem a uma certa saga do Wolverine e um novo status quo para uma personagem que por pouco se tornava um deus (para saberem, leiam os comics ou o TPB).

14 March 2008

Loop station (I): Pies! Pies! I want pies!

Em constante rotação cá pelo estabelecimento, tenho a banda sonora do Sweeney Todd. Não querendo denegrir o trabalho do senhor, longe disso, já fazia falta uma OST de um filme do Tim Burton que não fosse composta pelo Danny Elfman.


Não tenho hábito de comprar CDs porque, além de estupidamente caros, prefiro sempre as bandas sonoras. O problema é que além de esporadicamente se encontrarem OSTs de jeito, os preços demoram ainda mais a baixar e são incompreensivelmente mais altos (mas ligeiramente). Não entendo como a banda sonora do The Fountain possa custar 21€ nos supermercados que começam por F e acabam em C e sejam raríssimas as que estejam abaixo de 14€.

01. Opening Title 3:30
02. No Place Like London 5:32
03. The Worst Pies in London 2:23
04. Poor Thing 3:09
05. My Friends 3:48
06. Green Finch & Linnett Bird 2:16
07. Alms Alms 1:16
08. Johanna 1:57
09. Pirelli s Miracle Elixir 2:00
10. The Contest 3:39
11. Wait 2:38
12. Ladies and Their Sensitivities 1:23
13. Pretty Women 4:27
14. Epiphany 3:16
15. A Little Priest 5:15
16. Johanna 5:42
17. God, That s Good! 2:46
18. By The Sea 2:19
19. Not While I m Around 4:11
20. Final Scene 10:21
Esta banda sonora é obrigatória para quem gostou do filme. Basicamente tem todas as músicas do filme na ordem original da película.
Estamos praticamente a assistir ao filme só faltando as imagens. Temos os diálogos originais ligeiramente editados para se compreender o contexto do que é cantado e sem outros sons que possam atrapalhar a música como sons de passos ou pessoas a serem degoladas hehehe.

A interpretação dos actores é fabulosa e é impossível ter apenas uma ou duas músicas preferidas. Das 20 músicas que compõem o disco, as que estão a negrito são as que mais ouço e dou por mim acompanhar os actores nos cantos.

Uma compra que vale bem a pena.

03 March 2008

Thundercats are GOOO!!!

Não perceberam? Então que estão à espera para ver Juno?

Decididamente um dos filmes do ano! Desde o Ghost World (Mundo Fantasma entre nós) que não (ha)via um filme sobre adolescentes tão cativante, simples e arrojado.

Juno MacGuff (!) é uma rapariga de 16 anos que engravida do seu melhor amigo. Desistindo do aborto, decide entregar o filho a uma família de adopção que descobriu num folheto de cupões de promoções de supermercado (!!).
Ao contrário de um normal relacionamento, as duas personagens só se vão apaixonar mais tarde. Uma relação ao contrário que começou com uma gravidez.

O humor é simples e ligeiro e dá-nos pérolas como a do título deste post.
Conforme vamos acompanhando a gravidez ao longo do filme e do ano, vamos conhecendo uma personagem diferente e muito interessante e todos os que a rodeiam.
A família é uma ligeira maluqueira, o casal que vai adoptar o bebé são o completo oposto um do outro apesar da química entre os dois e os amigos são do mais normal e, ao mesmo tempo, interessante que pode existir.
Faz-nos desejar voltar àquela idade e termos tido uma adolescência parecida, com gente interessante para conhecer e viver sem grandes preocupações (tirando uma gravidez, nada de mais hehe) .

As referências a várias áreas são abundantes e interessantes (passam pelo mundo da música, cinema de horror e um pouco de banda desenhada).

Ellen Page foi responsável, em grande parte, pela sugestão de bandas e cantores para a banda sonora e isso nota-se pela excelente qualidade da mesma. A sugestão para usarem músicas dos The Moldy Peaches e Kimya Dawson partiu dela. Page (e Michael Cera) não se livraram de interpretar uma das músicas dos The Moldy Peaches no final do filme que também está na banda sonora e qeu se recomenda vivamente.

EDIT: Não entendo que haja gente que vê o filme e ache que é simplesmente "giro". "Giro"?!?
Giro é o Winnie the Poo! Giro é um filme de um livro do Nicholas Sparks!
Sinceramente, um caso PaP (pérolas a p...).