29 August 2009

Sketch Amealhado #5

SÉRGEI




Mais um autor português, desta vez o visado é Sérgei. Desaparecido do mapa bedéfilo nacional, este autor já publicou na antologia Onze Autores no BDjornal 2005-2006 além do premiado livro Os Compadres seguido da sequela Flop Tecnológico, ambos lançados pela também desaparecida Polvo.

Não faço ideia do que lhe tenha acontecido pois procurei e o site oficial Sergei Cartoons encontra-se indisponível.

Realizado na edição de 2006 do festival da Amadora, este é o primeiro da curta série de desenhos desse festival onde também pedi uma rápida dedicatória nas BDs que o autor realizou para a tal antologia editada pela pedranocharco. Sendo um trabalho antigo do autor, este ficou encantado por vê-lo como já é habitual quando se levam coisas raras/antigas para os autores assinarem.

22 August 2009

Sketch amealhado #4

JOÃO MASCARENHAS


O maior autor de BD em Portugal. Não a sério, ele é literalmente o maior!
João Mascarenhas, engenheiro de profissão e autor por paixão é o criador da multi-premiada personagem Menino Triste.
Conhecemo-nos numa antiga encarnação da Centralcomics. Como vinha muitas vezes a Braga por razões profissionais, tive que lhe indicar a 100ª Página, única livraria com uma respeitável secção de BD por cá e que já acolheu um evento organizado pelo João e pelo Gastão Travado.
Saudades desses almoços, mini-mini-tertúlias de BD em Braga onde este desenho foi feito totalmente a caneta mostrando o domínio e versatibilidade que o João tem para o desenho.

15 August 2009

Sketch amealhado #3

CAMERON STEWART


Eis que chegamos ao primeiro autor estrangeiro desta rubrica. Famossíssimo pelas colaborações com Grant Morrison em Seaguy e Seaguy: Slaves of Mickey Eye entre outros títulos, Cameron Stewart é mais um dos muitos escravos desenhadores da indústria norte-americana tendo começado, como muitos, pelos títulos infantis da DC Comics, mais propriamente Scooby-Doo. Felizmente o talento foi salvo a tempo pelo conhecido feiticeiro de magia do caos.

Novamente no Festival Internacional da Amadora 2005, deixei este autor para a última hora. Ao entrar na fila reparei que o autor não estava presente apesar de estar previsto no programa. Tinha-se sentido mal e foi ao exterior apanhar ar. Aparentemente tinha desmaiado ou quase, não me recordo bem, mas voltou fresco como uma alface para mais uma literal fornada de desenhos. Não sei se se lembram mas na altura a organização foi bastante criticada pelo local escolhido que não tinha ventilação adequada (suspeito que não tinha nenhuma) e tiveram que usar botijas de oxigénio para compensar a falta de renovação do ar.

Como é hábito antes dos festivais, fiz uma pesquisa acerca do autor e encontrei uma série de desenhos de vários autores inspirados no filme Kill Bill. Entre eles estava o do Cameron e, como podem ver, pedi-lhe para ele desenhar a Noiva, Uma Thurman. Acontece que ele não se lembrava da cara dela e durante um bocado viu-se às aranhas para a desenhar até que me lembrei que tinha uma imagem do filme no meu telemóvel.

Nada feito! Na imagem, a Noiva tem a espada a esconder-lhe a boca mas ele lá improvisou caprichando nos excelentes salpicos de sangue. Tanto se dedicou a isso que, como podem ver com atenção, se esqueceu do punho e da ponta da espada despachando-os. Isto tudo enquanto que o Ed Brubaker se lembrou de discutir os filmes do Tarantino com o Cameron. Ora, como eu disse atrás, deixei o Cameron para o final... Imaginem eu preocupado com horários de comboio e metro, o desenhador a caprichar em salpicos de sangue enquanto discutia para o lado a obra cinematográfica do Tarantino. Espero que o Cameron me perdoe por ter saído a correr e quase sem agradecer :D
Ainda assim está um excelente trabalho que me orgulho de ter.


PS-Acabei por ter que esperar pelo comboio.

14 August 2009

Vou ali ao lado e já venho




A algumas horas de partir para o festival só tenho a dizer que a organização é de uma incompetência atroz!!
Prometeram um site oficial para o festival e nada...
Horários das exposições tem que ser o próprio interessado em procurar pelos sites dos edificios onde estão as respectivas exposições...
Horários para os autógrafos nem vê-los...

08 August 2009

Sketch amealhado #2

RICARDO FERRAND



Ricardo Ferrand ilustrador e 'banda-desenhista', fico na dúvida se este será o seu site oficial ou não. Conhecido pelas obras A Verdadeira História de Jota Cristo e O Homem que não parava de urinar, ambas editadas pela Witloof, a verdade é que este autor não teve sorte na editora escolhida para publicar as suas BDs. Ultimamente faz ilustração publica diversas BDs infantis como Que Grande Trabalheira! que teve destaque no Festival Internacional de BD da Amadora de 2005 onde consegui este desenho a lápis e marcador.

01 August 2009

Sketch amealhado #1

Como prometido, aqui está a primeira nova rubrica que no início será automática.
À semelhança dos Desenhos Autografados do Verbal, irei colocar por ordem de idade todos os sketchs que coleccionei ao longo do tempo. Cada um destes posts terá um pequeno apontamento sobre o autor e histórias por detrás de cada um.

José Abrantes


José Abrantes é provavelmente o mais conhecido autor de BD infantil que temos em Portugal, famoso por personagem como o preguiçoso Horús, Zu, a feiticeirazinha Morgana ou Dakar, o Minossauro.

Este sketch feito a lápis e marcador foi obtido no Festival Internacional de BD da Amadora de 2005, a minha 2ª ida ao festival onde passei o fim-de-semana inteiro por lá. Na altura comprei vários livros das Aventuras do Zu que levei para umas primas minhas. 4 anos depois e sempre que me encontro com os pais eles pedem-me mais livros do Zu porque as miúdas adoram os livros que lhes levei. E todas as vezes esqueço-me de encomendar mais...
Como já tem sido hábito, todas as minhas idas ao festival calham com a mudança de hora e como tem sido hábito, esqueço-me sempre dessa mudança quando poderia aproveitar mais uma hora na cama. Nesta edição do festival esse esquecimento não foi excepção para mim e o José Abrantes também não se lembrou tendo chegado uma hora mais cedo do que que o previsto no programa. Assim, ficamos com a zona de autógrafos quase toda para nós onde várias funcionárias de limpeza pediam aos poucos autores presentes que fizessem retratos delas. E bem que insistiam...